Carlos Camponez, candidato a Presidente do Conselho Deontológico
As razões da minha candidatura
Aceitei encabeçar a lista do Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas, integrada na candidatura Aos jornalistas, pelo Jornalismo!, porque considero que a autorregulação do jornalismo não é um direito, é um dever. Esse dever é um corolário do princípio expresso na Carta de Ética Mundial para Jornalistas, da Federação Internacional de Jornalistas, segundo o qual “o jornalista só aceitará, em questões de honra pessoal, a jurisdição de organismos independentes de autorregulação abertos ao público, excluindo qualquer ingerência governamental ou de outro tipo”.
Entendi que responder ao repto que me foi lançado é consequente
com décadas de envolvimento nos diferentes corpos sociais do Sindicato de
Jornalistas, nomeadamente no Conselho Deontológico.
O Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas é o
mais antigo órgão de autorregulação do jornalismo, em Portugal, e constituiu um
importante espaço de credibilização dos jornalistas, que deve ser
quotidianamente reforçado. Nesse sentido, em linha com o programa de
candidatura consensualizado com os membros da lista, considero que é importante
que o Conselho Deontológico não seja apenas um espaço de receção de queixas e
de emissão de pareceres. Deve ser uma voz atuante e desempenhar um papel charneira
na criação de uma cidadania mediática exigente sobre a qualidade da informação,
envolvendo os jornalistas, o público, as empresas de comunicação social e o
Estado.
Entendo o meu papel no Conselho Deontológico como uma
responsabilidade, em primeiro lugar como jornalista e sócio do Sindicato dos
Jornalistas, depois, como cidadão preocupado com a qualidade da informação
pública e, finalmente, como professor de futuros profissionais do jornalismo.
A perda de representatividade do Sindicato dos Jornalistas
entre a classe, em particular entre os jornalistas mais jovens, é um desafio
que temos de, em conjunto, tentar ultrapassar. A ação do Conselho Deontológico
pode ser um espaço complementar para a mobilização dos profissionais,
promovendo uma consciência crítica coletiva e sendo uma voz atuante e próxima
dos jornalistas e de todos quando se preocupam com o futuro do jornalismo.

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