Ricardo Castro, candidato a membro do Conselho Geral




  9 – Realizar encontros descentralizados de jornalistas e conferências nacionais temáticas, designadamente sobre precariedade, condições de trabalho dos correspondentes, imprensa regional, rádios locais e meios digitais.

Este, como os restantes pontos do programa, é um aspecto essencial na pluralidade do jornalismo feito em Portugal. Progressivamente fomos assistindo, grosso modo e ao longo dos últimos anos, à morte de algumas publicações a nível local: ora por falta de recursos financeiros ou humanos, ora pela própria migração de muitos profissionais para outras áreas de comunicação. A resistência é escassa nestes projectos, muitas vezes ‘geridos com pinças’ e com grande sacrifício a nível económico para poderem trilhar o seu caminho.

Por outro lado, as grandes empresas mediáticas, fixadas sobretudo nas grandes áreas metropolitanas, carecem de um conhecimento do terreno a nível nacional que, não só mas em boa parte, é facultado pelos profissionais da imprensa regional, rádios locais ou correspondentes. Sem estes, é indubitável que um melhor, mais abrangente e rigoroso jornalismo está em causa no nosso país.

Não são escassos os exemplos de trabalhos de investigação ou de acontecimentos de última hora cujo tratamento jornalístico é dado por estes activos, pelo conhecimento que têm de realidades locais, daquilo que é o dia-a-dia de milhões de portugueses fora das regiões, nomeadamente, de Lisboa e do Porto. Urge assim o debate sobre este tema e a realização de encontros para reconhecer o papel crucial destes activos na profissão, impulsionando estratégias para a manutenção destes profissionais com condições dignas no exercício das suas funções.

Ricardo Castro, jornalista no MaisFutebol 


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